do longo livro

Conheço a morte (…) temos tendência a sobrevalorizá-la. (…) tudo aquilo que a precede e que, em certas situações, pode assumir contornos ultrajantes não pode ser imputado à morte: são circunstâncias que fazem parte da vida mais activa e que podem conduzir à cura e à sobrevivência. Ninguém que regressasse do reino dos mortos lhe poderia relatar qualquer coisa de concreto sobre a morte, porque ninguém a experiencia. Nascemos das trevas e é nelas que nos afundamos. Entre um pólo e outro vivem-se experiências, é certo, mas a verdade é que não experienciamos nem o princípio nem o fim, nem o nascimento nem a morte, o que signifca que eles não têm carácter subjectivo. Enquanto fenómenos, pertencem exclusivamente à esfera do objectivo, é o que é.

In montanha mágica

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